Resistência à Insulina: Por que Você Precisa Entender o mTOR, a AMPK e suas Mitocôndrias
- Dr. Turí Souza
- 29 de mai.
- 3 min de leitura

Quando falamos sobre diabetes tipo 2 e resistência à insulina, a maioria dos profissionais ainda foca apenas na glicose no sangue. Mas o verdadeiro problema está muito mais fundo — nos mecanismos celulares que regulam o metabolismo como um todo.
Hoje, quero te apresentar três elementos fundamentais que pouca gente discute, mas que fazem toda a diferença para quem quer tratar a raiz do problema: mTOR, AMPK e mitocôndrias.
🧬 1. mTOR – O sensor de abundância
mTOR (mammalian Target of Rapamycin) é uma proteína que atua como um sensor metabólico. Ele regula o crescimento celular, a síntese de proteínas e a captação de nutrientes. É ativado principalmente por insulina, aminoácidos (como a leucina) e por excesso calórico.
Como o mTOR se relaciona com a resistência à insulina?
Quando o mTOR é ativado de forma crônica — como acontece em dietas ricas em carboidratos, proteínas e calorias em excesso — ele desregula a sinalização da insulina. Isso ocorre porque ele ativa a proteína S6K1, que inibe o IRS-1, uma peça fundamental da ação da insulina nas células.
👉 Resultado? A insulina começa a “bater na porta”, mas as células não respondem mais. Isso é o começo da resistência à insulina, mesmo quando a glicemia ainda está normal.
🔋 2. AMPK – O sensor de escassez
Se o mTOR é ativado na abundância, a AMPK (AMP-activated protein kinase) é ativada na escassez.
Essa enzima é como um interruptor de emergência: quando detecta baixa energia celular, ela ativa mecanismos de sobrevivência como:
Queima de gordura (beta-oxidação),
Aumento da captação de glicose (mesmo sem insulina),
Estímulo à biogênese mitocondrial (criação de novas mitocôndrias),
Inibição direta do mTOR.
Como estimular a AMPK?
Ela é ativada por estratégias simples e naturais:
Exercício físico (em especial o de alta intensidade),
Jejum intermitente,
Dieta low carb,
Restrições calóricas inteligentes,
Polifenóis (resveratrol, curcumina, chá verde),
Medicamentos como a metformina.
👉 Ao estimular a AMPK, você melhora diretamente a sensibilidade à insulina e combate o acúmulo de gordura no fígado e no músculo.
⚙️ 3. Mitocôndrias – Suas usinas de energia
As mitocôndrias são estruturas celulares responsáveis por transformar nutrientes em energia (ATP). Quando funcionam bem, queimam gordura com eficiência. Mas na resistência à insulina, essas mitocôndrias estão disfuncionais.
O que acontece com mitocôndrias disfuncionais?
Acúmulo de metabólitos tóxicos (como acilcarnitinas),
Produção excessiva de radicais livres (estresse oxidativo),
Redução da capacidade de queimar gordura,
Redução da energia nos tecidos sensíveis à insulina.
Esse ambiente desfavorável contribui para o agravamento da resistência à insulina, inflamação e acúmulo de gordura visceral.
Como melhorar a função mitocondrial?
Você pode regenerar suas mitocôndrias com:
Dieta cetogênica bem formulada,
Prática regular de exercício físico,
Jejum intermitente,
Suplementos como R-ALA, CoQ10, L-carnitina e NAC (N-acetilcisteína).
📌 Conclusão prática
Tratar o diabetes apenas baixando a glicemia é como apagar o alarme de incêndio sem apagar o fogo.
A resistência à insulina nasce de um ambiente metabólico desregulado — com mTOR ativado demais, AMPK inativa e mitocôndrias adoecidas.
💡 Ao trabalhar a base celular do metabolismo, com estratégias nutricionais e de estilo de vida, é possível reverter a resistência à insulina e prevenir (ou até reverter) o diabetes tipo 2 de forma profunda e duradoura.
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